sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Ahhh...Lembrei!

Lembranças...

Sinto saudades do sol que batia lá no pátio de casa.
De repente, do nada, me pego pensando nesta trivialidade.
As casas em que morei, na minha infância tinham lá suas peculiaridades: de material, peças amplas, piso frio e em algumas peças parquet.
Na primeira casa da qual me lembro, o pátio era na frente, tinha um belo arvoredo,gramado onde a piscina de 1000 litros era instalada no verão, junto com uma rede e muitas cadeiras de vime, que iam sendo postas, à medida que as visitas chegavam pro chimarrão. Ao lado do belo gramado, seguia-se um trilho de flores que dava para a garagem, onde meu pai estacionava o Corcel Branco e a linda lambreta vermelha.
Ao vizinho da rua detrás, o quintal era um capinzal alto, servindo de moradia para várias qualidades de bichos, desde as inocentes formigas até as peçonhentas cobras que as vezes invadiam a nossa casa, nos surpreendendo. Coisas do Alegrete.

A segunda casa, não tinha aquele ar "praiano", mas era tão especial quanto, pois foi sendo erguida aos poucos. O sol que batia no pátio continuava o mesmo,e serviu de morada para muitos bixanos de estimação, dentre eles a inesquecível Verusca, uma pastor alemão que meu pai ganhou de um amigo da família ainda filhote e que nos acompanhou por muitos anos.
O portão da garagem era de ferro, totalmente manual e levava um enorme cadeado, e à medida que enferrujava , ia sendo substituido por outro idêntico de tempo em tempo .

Os móveis, calculo,eram de boa qualidade,pois alguns sobrevivem até hoje.
Com seis anos,meu pai presenteou-me com uma bicicleta, e me ensinou a "dirigí-la". Devido aos muitos tombos que levei, acredito que foi quando aprendi também a levantar e sacodir a poeira... E ainda levo isso comigo!

A nossa televisão era preto e branca nessa época.Os televisores antigos que eram os bons! Mas nunca me deixei cativar pela caixinha de fazer doido. Gostava mesmo era de brincar na rua, jogar sapata, polícia e ladrão, pega-pega, elástico, andar de patins e bicicleta, entre outros delírios infantis.

Recentemente,viajando pelas inúmeras gavetas espalhadas no grande armário de minha memória, relembrei-me dos brinquedos que eu e minha irmã aprendíamos a "fabricar" lá fora, como era chamada a nossa casa, na campanha...É engraçado falar, mas eram feitos com vestígios de qualquer material considerado "lixo", de caixas de fósforo a sabugos de milho. Há décadas. O passo a passo já não sei mais , mas juntando os tais sabugos podíamos construir um carro ou um avião, uma boneca ou o que a nossa inocente imaginação permitisse. E custava apenas o tempo que se levaria a ficar pronto. O prazo de validade... a nossa sincera satisfação! Quando criança, era tiro e queda. Hoje, porém, passadas três horas, tudo virou cinza, tal como a minha feliz infância.

Por Patrícia Teixeira \\agosto 2010.
Dedico ao meu pai! .........e que todos os papais possam estar na lembrança de seus filhos! Feliz dia dos pais!

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