sexta-feira, 21 de maio de 2010

Por onde anda sua humildade?

Por que é tão difícil encontrarmos pessoas que tenham a humildade em suas características? O orgulho, a vaidade, o poder, a soberania e arrogância parecem sempre se sobrepor nas relações humanas. Algumas pessoas consideram o humilde como um ser menos digno, com menos potencial, menos capaz. Quanta ignorância! E assim querem ser tudo, menos humildes. Pisam nos outros, como se estivessem lidando com seres isentos de qualquer sentimento. Na verdade, tratam aos outros dessa maneira, pois não consideram os próprios sentimentos, pois ter sentimento pode representar ser "fraco". Não respeitam nada nem ninguém, pois também não se respeitam. Apenas estendem aos outros a maneira como foram tratadas na maior parte de suas vidas, e infelizmente, como ainda se tratam. No fundo, sentem que não são merecedores de amor e assim se tornam incapazes de amar, tornando as relações com quem se envolvem como grande fonte de sofrimento.

A pessoa arrogante, orgulhosa, não conquistou a humildade, pois não sabe apreciar e valorizar a simplicidade. Tem sempre que demonstrar seu ar de superioridade, menosprezando quem está ao seu lado, pois acredita ser esse o caminho que irá garantir ser reconhecido. Desprezar o outro, o faz acreditar que é melhor, superior.

Claro que falar de humildade não torna ninguém humilde. Mas por que é tão difícil praticar a humildade? Nossa sociedade ainda e, infelizmente, associa humildade com inferioridade, fraqueza, submissão e até pobreza. Quando, na verdade, está relacionada com distinção, respeito, gentileza, sensibilidade, graciosidade, simplicidade e, principalmente, autoconhecimento! Afinal, quem tem plena consciência do seu valor pessoal não precisa se exaltar, se mostrar aos outros, nem se comparar. Não precisa gritar para que todos ouçam o quanto é melhor! Não sente necessidade de exibir sua capacidade, seu poder, prestígio ou cultura, porque tem consciência de seus valores internos. Não precisa diminuir o outro para que consiga se elevar.

As pessoas humildes realçam e valorizam as "pequenas grandes" conquistas do dia-a-dia em sua essência. Tratam as outras pessoas como seres dignos de respeito, pois possuem a capacidade de se colocarem no lugar do outro em seu sofrimento. E você, como se comporta perante o sofrimento de quem ama e das pessoas que sequer conhece? Como trata as pessoas que estão à sua volta? Como valiosos presentes em sua vida ou como se estivessem sempre atrapalhando? Como enfrenta as dificuldades que surgem em seu caminho? Como trata aqueles que por vezes o machucam? Com humildade, serenidade, confiando em sua capacidade de superar e aprendendo com cada uma dessas pessoas ou julgando-as e condenando-as? Por que, por vezes, se torna tão complicado ser flexível diante de alguns acontecimentos? Por que tendemos agir por impulsividade, sem pensar e sem analisarmos as próprias atitudes, como se só o outro fosse errado? Por sermos superiores? Sermos o certo? Quem nos garante que agimos da melhor maneira? Será que somos honestos com o outro como gostaríamos que fossem conosco? Creio que seja preciso um tempo para refletir sobre essas questões e conseguir responder essas perguntas. Afinal, ninguém é superior a ninguém, apenas podemos, sim, estar em momentos ou estágios diferentes, apenas isso.

Pode ser valioso também aprofundar essa análise em sua infância. Conviveu com pessoas arrogantes, orgulhosas? A criança que convive com o preconceito, incompreensão, críticas excessivas, pais inseguros, inflexíveis, excessivamente exigentes, dominadores, pode ter dificuldade quando adulto de desenvolver a humildade, pois para ser aprovada era necessário muitas vezes ser igual, experimentando sempre uma sensação de carência. Assim, se tornam pessoas orgulhosas, não de quem são, mas de quem acreditam ser. O orgulho, arrogância, em geral, faz parte de pessoas com pouco autoconhecimento, por não se conhecerem precisam passar uma imagem de pessoas seguras, exatamente ao contrário do que verdadeiramente sentem. Pisam nos outros como sentem que foram pisadas durante parte de sua vida. Estão sempre buscando corresponder às expectativas dos outros para serem aceitas, ignorando os próprios sentimentos e quem são na verdade. Isso pode gerar um sentimento crônico de insatisfação, buscando sempre ser admirada de alguma maneira. Acredita que o externo, com seus aplausos e reconhecimento, através de sua vaidade extrema e pela busca de status, poderão compensar a falta de contato com seu mundo interior, que na verdade, sequer conhece. Com isso, busca transmitir uma imagem idealizada de ser extremamente importante, não importando os meios pelo qual irá atingir essa imagem. Mas será que vale mesmo a pena ser orgulhoso, arrogante? Será que vale perder por orgulho? Vale perder uma amizade? É mais importante manter sua imagem do que ser humilde o suficiente para admitir seu erro ou pedir desculpas? Por que não ser mais amoroso consigo mesmo e aos poucos perceber a riqueza de existe dentro de si? Por que não mudar a maneira de tratar a si mesmo e estender aos outros? Por que não perceber que o aplauso mais significativo com certeza sempre será o seu? Pense sobre isso, acima de tudo com muita, muita humildade!


Pensemos a respeito!!!

Abraços
Pathy

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Tempo não Para

Faz tempo que não escrevo nada, nem penso com as palavras. Tenho pensado mais com o movimento, com o fazer, ou, nos pequenos momentos de pausa.

Antes de dormir, logo ao acordar. Gosto de pensar caminhando. Bem mas o que quero dizer é exatamente isso, a vida, o tempo, como diria Cazuza, NÃO PARA!

E eu também, só paro mesmo o necessário para meu descanso... pelo menos nesta época em que vivo hoje... Mas não parar não significa não se aprofundar nos pensamentos... Penso, por exemplo, como a vida anda apressadamente, como as pessoas se cruzam nas ruas e não notam a existência do outro, não se percebem... Em compensação, há momentos em que nem precisamos ver para lembrar. Uma simples divagação, um perfume, ou somente ficar uns instantes sem pensar em nada e de repente algo ou alguém aparece e toma conta de nossos pensamentos! Nestes momentos eu geralmente procuro me divertir com o que já fiz.

Também procuro refletir se fiz a coisa certa na hora certa, mas não para me julgar, apenas para aprender com o já vivido. Algo um pouco difícil, vencer as teimosias, pois geralmente repetimos nossos erros até buscar outros caminhos.

Mas não era bem isso que eu tinha planejado escrever, na verdade queria falar da possibilidade de parar e de pensar profundamente. Com todo o movimento que o mundo exige, ou que nos obrigamos, não podemos nos perder! Para isso usamos a lembrança, a imaginação a reflexão. Para exercitar nossa capacidade de aprender, o que somos e o que as outras pessoas são para nós. Aprender o que eu faço e a importância do que eu faço. Descobrir coisas belas no meio de nossos dias tão movimentados e viver cada instante com intensidade e honestidade.

O movimento se associado à reflexão permite que não desviemos de nossos princípios e razões de ser humanos.

Mesmo que o tempo não pare!

Mônica

domingo, 16 de maio de 2010

Alunos da Vida!

Em primeiro lugar, isso de trabalho e estudo como nos ensinaram é uma puta lorota. Não é só isso.

Como nos ensinaram, devemos ir pra escola e estudar, obedecer o professor ou professora, pegar livros, ler, escrever no caderno, fazer dever de casa, trabalhos diversos, etc.
Trabalho segue o mesmo caminho: seja empregado, vai pro local de serviço, faz o serviço, pára pro almoço, volta, faz o mesmo serviço, trabalha mais um pouco, saí, volta pra casa, descansa e repete o ciclo.
Meu, que porre! Que droga! Que m*!

Sua vida foi definida em nascer, crescer, estudar, trabalhar, casar, ter filhos, envelhecer e morrer. Qualquer coisa feita fora disso é proibido. ( Autor anônimo ).

Essa afirmação acima é absolutamente verdadeira e nos leva a uma vida rotineira, sem maiores atrativos. Nos chateamos, depois de passado um tempo pela monotonia das coisas. Estudar deixa de ser prazeroso, o trabalho vira um inferno, não raro causando estresse nas pessoas. Isso tudo porque estamos seguindo a afirmação acima.
Porquê seguimos? Vai saber...A meu ver, seguimos porque se não seguirmos, seremos mortos de forma violenta e cruel por um raio que transpassará nossa cabeça! ( Embora eu pessoalmente nunca tenha visto acontecer com nenhum de meus conhecidos; mas deve ser algo nesse sentido. xD )

Não precisa ser asssim. Trabalhar e estudar não precisa ser uma obrigação, pode ser um prazer.Como? Bem, vamos ver isso. Em primeiro lugar "trabalhar" envolve não só o trabalho comum ao qual estamos acostumados, mas sim trabalhar a nós mesmos, o que sabemos e como nos relacionamos com outrem. Só que esse trabalho não tem chefe chato, não tem local inadequado, não tem relógio, não tem pausa pra almoço, não tem nada! Então porque não trabalhar? Olhe-se no espelho, fiquem por algum tempo prestando atenção nos pensamentos que passam pela sua mente sem parar graças ao inconsciente, olhe as pessoas, como elas são fisicamente, note como elas falam, perceba que aquela conhecida puxa no "s" quando fala algo como "assim". Observe. Olhe as árvores, olhe pros pássaros que estão nela, pra onde eles vão. Observe sua casa, seu quarto, seus parentes, estude-os, trabalhe-os.
Estude você mesmo.
Conheça a si mesmo.
Se você conhece a si mesmo, se estuda, se trabalha você vai passar a compreender melhor as coisas do mundo.
E logicamente de você perante o mundo. Eu acho muito triste ver gente adulta que não tem a mínima noção do que trabalhar e estudar significam. Ficam achando que é pegar livro só quando vai pra escola / faculdade, que é só trabalhar quando está em casa / serviço, não, não, nada disso!

Quando falamos trabalho e estudo, falamos disso: de estudar além do estudo convencional e trabalhar outras coisas além do trabalho corriqueiro, do dia-a-dia.

Tente fazer algo novo hoje. Seja interiormente ou exteriormente. Pegue um livro que você sempre teve vontade de ler e o leia. Ouça uma música que você não costuma ouvir, ande por uma rua que você não andou ainda e veja ao redor! Somos limitados por sermos seres humanos, mas o mundo é vasto. Busque o mundo!
Não só pros outros, mas para você mesmo. Trabalhe e estude de fato, não só como lhe disseram que deveria ser.
Vá além. É isso.